quinta-feira, 9 de abril de 2015

HOJE

Desvairada e impetuosa vida,
A qual tudo desfigura sem cessar.
Já não é entre pessoas a liga mais querida,
Desprovida da engrenagem da ternura e do amar.

A farpela, pois, que define o airoso.
O venusto pelo imaterial não foi extinto,
Também não foi o seu prezar, quase cadaveroso.
Tresmalhar não é fácil, quiçá seja labirinto.

Também é a maré nuviosa e não certeza
Cuja força é intensa, mas possível de peleja.
Maré mesma que trouxe a avareza

Para se imiscuir na luzerna da vida dos glabros,
Que do aparente misoneísmo e dos trapos,
Passamos a tresloucada realidade do hoje.

(Anderson Nunes)

terça-feira, 7 de abril de 2015

Dinheiro

Já alerto de antemão que não tenho um objetivo final com esta publicação. Sei que depois de um bom tempo sem escrever no blog, resolvi agora, quase 3 da manhã e pensando sobre como enriquecer, fazê-lo. Todo mundo quer ser rico, ter dinheiro suficiente para os mais diversos desejos: viajar, ter uma boa casa, carro, roupas, comer fora, joias, etc. As vontades são as mais variadas a depender de cada pessoa. Ah, mas “dinheiro não traz felicidade”. Não me venha com essa! Pobreza também não traz! Claro que o dinheiro não pode ser visto como um fim em si mesmo, pois assim fosse, também concordaria com o velho ditado clichê. Mas sim um meio pelo qual conseguimos conquistar as coisas que tanto desejamos. Em uma sociedade cada vez mais capitalista, as pessoas querem consumir toda a gama de produtos e serviços que lhes são mostrados diariamente. Elas querem conforto. Eu quero conforto. Quero uma casa na praia, uma range rover na garagem, uma lancha, poder fazer duas viagens ao exterior por ano, comer em bons restaurantes frequentemente, prover uma boa educação aos prováveis futuros filhos, entre outras coisas. Não condiciono minha felicidade a essas coisas. Felicidade é muito mais complexo e individual e envolve variáveis outras que nem sempre estão ligadas ao dinheiro, mas não explorarei esse campo. Entretanto, para mim é óbvio que alcançar esses objetivos materiais me proporcionarão mais bem estar e alegria que indiretamente também vão gerar mais felicidade.  E compartilho da ideia do personagem do filme “The Wolf of Wall Street” que se me acham materialista, então que trabalhem no McDonald’s. Como se tornar multilionário licitamente é apenas o detalhe que falto descobrir. Jogando bola como Neymar, sei que não será. Na minha vida de concurseiro, muito menos. Talvez na loteria, mas pouco provável. Mas quem sabe um dia consiga, quem sabe um dia...

"When I was young I thought that money was the most important thing in life; now that I am old I know that it is." - Oscar Wilde